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Por Ana Silva
É uma doença degenerativa, que tem como processo ao longo do tempo, a destruição das caraterísticas normais da cartilagem articular, presentes em todas as nossas extremidades dos ossos que, vulgarmente são conhecidos como artroses.
A cartilagem articular é um revestimento cuja função é a de proteger um osso em relação ao outro, diminuindo o atrito e absorção das forças que atuam no nosso corpo, evitando o desgaste das articulações.
Esta cartilagem é constituída por um tecido conjuntivo elástico, em que as suas funções principais são de sustentação, como por exemplo de suporte e alimentação, bem como preenchimento de espaços entre os vários tecidos. Entre as cartilagens articulares temos um líquido articular, sendo este muito viscoso, que contribui para lubrificar a articulação, permitindo assim, movimentos entre os ossos de forma saudável, sendo formada por condrocitos, água, substâncias proteicas, como, proteoglicanos e fibras de colagénio.
As artroses, por norma, ocorrem a partir dos 40 anos, sendo mais prevalente nos idosos devido à diminuição da capacidade de regeneração da cartilagem articular. Esta situação, propicia o aumento da morte das células dos condrocitos, fazendo com que a produção de proteoglicanos e de colagénio diminua, favorecendo o aparecimento de pequenas feridas na cartilagem articular, permitindo expor uma parte do osso. Esta parte do osso começa a reagir, na medida em que, aumenta o atrito e o peso sobre a articulação, o que desencadeará uma resposta inflamatória, na tentativa de limpar o local.
Quando esta inflamação começa a ser constante, forma-se um líquido espesso, aumentando assim o desgaste da cartilagem e a formação de osteófitos (bicos de papagaios).
Normalmente os sintomas da osteoartrose começam com dor e rigidez, o que provoca limitação dos movimentos, sendo que numa fase mais avançada, surge a deformação das articulações, modificando assim o alinhamento e biomecânica corporal.
Estatísticas em Portugal, indicam que as articulações mais afetadas são a coluna vertebral, mais nos segmentos da cervical e lombar, joelhos, mãos, dedo grande do pé - o “joanete”.
Para ajudar a colmatar este processo, devemos diminuir o sedentarismo com o exercício físico de baixo impacto, como caminhada, bicicleta, pilates clínico, etc., regulação do nosso peso corporal com uma alimentação mais saudável, ter um sono reparador e utilização de alguns suplementos naturais.
Com o tratamento da fisioterapia, tais como terapia manual,
aparelhos e exercícios terapêuticos, ajudam na diminuição da dor e rigidez,
melhorando a capacidade funcional das articulações afetadas, evitando também a
atrofia muscular e o seu agravamento.
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