Dra. Ruana
Sousa Girardi - CRM-SP 170063/RQE 95179 - é responsável Técnica da
Clínica Lótus Nefrologia Vila Mariana; médica especialista em Clínica Médica e
Nefrologia formada no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo (BP);
possui título de Especialista em Nefrologia pela Sociedade Brasileira de
Nefrologia e, tem como áreas de atuação principais, a Nefrologia clínica, a
Hemodiálise e o Transplante Renal.
Para contar as novidades sobre a inauguração
da nova unidade da Lotus Nefrologia em São Paulo, que eu entrevistei, a Dra.
Ruana Sousa Girardi.
Quais os tratamentos
que serão oferecidos aos pacientes na nova unidade de vocês na zona sul de São
Paulo?
R: Quando um paciente com doença renal crônica evolui para fases mais avançadas da doença, em que os rins deixam de funcionar quase que completamente, existe a necessidade de que a função renal seja substituída. Nessa situação, são excelentes opções de terapias de substituição renal, o transplante renal, a diálise peritoneal e os métodos de hemodepuração, entre eles a hemodiálise e a hemodiafiltração.
- Na Clínica Lótus, nós dispomos da hemodiafiltração de alto volume para os nossos pacientes. A hemodiafiltração (HDF) consiste em uma técnica mais moderna e que combina duas formas de filtragem do sangue, a difusão e a convecção através de um filtro específico, e que proporciona uma remoção mais ampla das diversas toxinas que se acumulam no sangue de pacientes com falência renal. Pacientes tratados com HDF relatam melhora na qualidade de vida, incluindo mais disposição para realização suas atividades após a sessão. Além disso, alguns estudos apontam outras vantagens para os pacientes, como menor risco de hipotensão durante a diálise, melhor controle do fósforo, e melhora de parâmetros nutricionais e inflamatórios.
- Em nosso serviço, conforme o perfil do paciente, podemos realizar a HDF convencional (3 vezes por semana), HDF curta diária, ou mesmo a HDF noturna. Em casos selecionados, existe a possibilidade de que o tratamento seja realizado no domicílio do paciente.
- O
cuidado com o paciente dialítico não se restringe somente ao momento da sessão
de diálise. Na Clínica Lótus, os nossos pacientes são acompanhados por uma
equipe interdisciplinar especializada em nefrologia, composta por enfermeiros,
técnicos de enfermagem, nutricionistas, psicólogos, assistente sociais e
fisioterapeutas. Além disso contamos com suporte de especialistas como
endocrinologista, cardiologista, cirurgião vascular e infectologista.
Quantas clínicas vocês possuem e em quais regiões elas se encontram?
R: Contamos com três unidades, sendo elas localizadas em Osasco, Vila mariana e Parada Inglesa.
Como está o cenário de pacientes renais crônicos, quais as inovações que surgiram para o tratamento de pacientes acometidos com essa doença?
R: O cenário é desafiador. A doença renal
crônica (DRC) tem sido considerada um problema de saúde pública em todo o
mundo. Estima-se que uma em cada dez pessoas tem doença renal crônica sem ter
conhecimento do diagnóstico e que até 2040 a DRC poderá ser quinta causa de
morte no mundo. No Brasil segundo os dados da Sociedade Brasileira de
Nefrologia (SBN), o número de pacientes com DRC avançada é crescente,
atualmente temos aproximadamente 153.831 mil pacientes que necessitam de diálise,
sendo que diabetes e hipertensão as principais causas de DRC. As razões para
esses aumentos não são claras, mas em alguns países, incluindo o Brasil houve
um aumento da prevalência de diabetes e da sobrevida dos pacientes hipertensos.
Felizmente temos o surgimento de novas drogas para tratamento da hipertensão e diabetes tendo assim papel na prevenção da doença renal crônica na tentativa de retardar o início da diálise.
Geralmente o que leva as pessoas a
desenvolverem problemas renais crônicos? Qual o perfil desses pacientes e a
idade?
R: Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), no Brasil a principal causa de doença renal crônica é a Hipertensão Arterial Sistêmica, seguido do Diabetes, Glomerulonefrite Crônica e Rins Policísticos. Além dessas principais doenças, constituem fatores de risco para o desenvolvimento da doença renal crônica as doenças cardiovasculares, tabagismo, obesidade, idade acima de 60 anos, raça negra, origem indígena e história familiar para doença renal crônica. Nos estágios iniciais da doença a prevalência é maior em mulheres, porém quando analisamos os estágios mais avançados incluindo aqueles pacientes que estão começando a diálise, a prevalência se torna maior em homens.
Existem procedimentos cirúrgicos para
problemas renais. Qual tem sido a demanda, qual a fila de espera para
transplante e como o paciente entra nessa fila de espera?
R: Quando falamos de doença renal crônica o principal tratamento cirúrgico que temos é o transplante renal. O transplante é uma modalidade de tratamento para os pacientes com doença renal avançada e temos que tentar transplantar sempre que possível, pois este tratamento promove melhora da qualidade de vida e redução de mortalidade. O transplante pode ser realizado com doador falecido e com doador vivo. Para que a doação ocorra é necessário verificar por meio de exames a compatibilidade entre doador e receptor para que haja menos chances de rejeição. No caso de doadores vivos o transplante é mais comum entre parentes consanguíneos de até quarto grau e cônjuges, caso o doador não seja um parente próximo é necessária a autorização de um juiz. Para doadores falecidos basta declarar a intenção em ser doador para a família em vida. A distribuição de órgãos doados é controlada pelo sistema nacional de transplante do ministério da saúde e pelas centrais estaduais de transplantes. Para entrar na lista de espera, o médico do paciente precisa cadastrá-lo na lista única. Esse sistema de lista única tem ordem cronológica de inscrição, sendo os receptores selecionados em função da gravidade, compatibilidade sanguínea e genética com o doador. É difícil estabelecer um tempo de espera médio para transplantar pois devemos levar em consideração essas variáveis citadas. O transplante renal representa cerca de 70% dos transplantes realizados no país e destes transplantes 90% são integralmente financiados pelo SUS. Infelizmente após a pandemia da COVID 19, observamos uma queda expressiva na doação de órgãos, tivemos uma taxa de recusa familiar de aproximadamente 47% em 2022. Precisamos estimular a doação de órgãos pois temos uma incidência alta de doença renal crônica e assim o número de pacientes em diálise tende a aumentar.
Como as pessoas podem
fazer para entrar em contato com vocês? Páginas, redes sociais, telefone?
R: Instagram:
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Nossas unidades:
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Mariana
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R. Estela, 116 – Vila
Mariana, São Paulo – SP, 04011-000
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