Imagem: divulgação
Safiras de Candinho se passa na década de 1960, em
Cavalcanti, e ganhou elogio do também morador do bairro Carlinhos de Jesus
Início dos anos 60, a trajetória de um sambista da comissão de
frente da Portela. Candinho, morador de Cavalcanti, apaixonado por Maria das
Neves, dona de olhos azuis, filha de alfaiate e costureira, refém de uma
criação conservadora. Safiras de Candinho marca o retorno de José
Leonídio aos romances de época. Conta ainda com Carlinhos de Jesus, também
morador do bairro, num dos textos de apresentação do livro.
O lançamento com sessão de autógrafos acontece na Flip neste
sábado, dia 26, às 13h, na Casa Autografia (R. Dr. Samuel Costa, 12 - Paraty).
É de José Leonídio também o enredo “33, Destino: Dom Pedro II -
composto em 1984 em parceria com a sua esposa, Regina -, que em 2022 marcou o
desfile da Escola Em Cima da Hora com o mesmo "33 - Destino Dom Pedro
II", pela Série Ouro. O tema foi uma reedição da década de 1980, quando a
agremiação desfilou pelo grupo 1-B (segunda divisão) na estreia do Sambódromo.
No enredo, e no livro, além do mesmo autor, estão a periferia de
Cavalcanti e o dia a dia de um povo que constitui o outro lado das histórias
mais comuns. “Habitualmente, ouvimos narrações em que o poder econômico se
sobrepõe”, explica Jose Leonídio, trazendo à cena os populares.
Em Safiras de Candinho o garimpo se deu em torno da mistura de religiões, aborda a influência do samba, da dança e
lança mão de outras lembranças do autor, morador de Cavalcanti, e de mais
pesquisas que engrandeceram este romance com informações extras e
indispensáveis ao momento histórico.
Antônio Candido, Candinho e Maria das Neves quando incorporada
pela Pombagira Rosa do Porto; o Cisne Negro, Sá Toca, as Marlenes, Bolinha e a
Mudinha, João Severino, Odila Vieira. A comissão de Frente da Portela; o
compositor e poeta Fabrício, os compositores Baianinho, Zeca do Varejo, Dodô
Marujo; o Bloco de Carnaval do Seu Sete da Lira e de Audara; a Pombagira Rosa
Maria desfilando na Avenida Rio Branco; os bailes nos clubes e matinês; Toti,
consumido pela tuberculose, tocando agogô no alto do Primavera e marcando a
descida das baianas ladeira abaixo são alguns dos personagens mais relevantes
da obra.
O ponto alto, segundo o autor, é Maria das Neves, que pela
criação nunca dançou ou frequentou bailes, mas que por conta da entidade
Pombagira Rosa do Porto possibilita que a moça baile com Candinho num
espetáculo que deixa todos estupefatos. O amor de Candinho pelas safiras de
Maria das Neves consagra-se no casamento dos dois e na união dos dois na
comissão de frente da Portela, na Em Cima da Hora, nos bailes e na vida.
&&&
Safiras
de Candinho
Formato:16x23 cm
Páginas: 568
Valor de capa: R$69,90
&&&
Sobre o
autor:
José Leonídio Pereira tem o dom de fazer nascer, sejam textos como romancista, poeta e cronista ou crianças através dos mais de 40 anos de medicina obstétrica. Dedica-se à literatura e às pesquisas há duas décadas, com atenção especial à Guanabara. Começou com enredos para escolas de sambas, publicou o premiado “A Raposa do Cerrado” e é autor de “A Casa dos Deuses” e “Os Guardiães”, ambos da pentalogia Portais da Liberdade. Escreveu ainda “Enredando Ilusões”, “Facebookeando” e, mais recentemente, “Atravessando a pandemia”. Safiras de Candinho é seu sétimo livro.
Postar um comentário