Imagem: divulgação
Marcelo Misailidis é
primeiro bailarino do Theatro Municipal e Embaixador Cultural do Rio de Janeiro.
Misailidis é um premiado idealizador e
diretor cultural que atua na concepção de espetáculos musicais e cênicos. Em
suas criações, utiliza de suas experiências acumuladas em mais de 25 anos de
carreira, atuando em projetos das áreas de teatro, dança, canto, cenografia,
figurino e iluminação, além de ser um dos coreógrafos de comissão de frente
mais destacados do carnaval carioca.
Para falar sobre o seu amor pela dança, carreira, carnaval, projetos e perspectivas entre outros assuntos, que entrevistei com exclusividade, Marcelo Misailidis.
Você foi o primeiro
bailarino do teatro Municipal do Rio de Janeiro. Como foi conquistar esta
posição?
R: Chegar a ocupar posições de destaque sempre
são metas naturais em qualquer profissão, que geram satisfação, realização e
orgulho daquilo que conquistamos, mas são só marcas se não aproveitadas e
utilizadas conscientemente.
- Atingir cumes na carreira profissional e
marcas de excelência é relativamente comum na trajetória de qualquer pessoa,
difícil é manter com dignidade e qualidade esses índices.
Quais foram os maiores desafios de sua
carreira profissional?
R: Todos
os desafios levados a sério são muito difíceis no momento em que nos deparamos
com eles, projetos novos e originais sempre nos coloca de frente com o
desconhecido, e isso é assustador muitas vezes.
- Mas por mais alto que seja o sarrafo,
sempre a um modo de conseguir superá-lo, basta dedicação e trabalho. Talento e
inspiração são só precondições que representam uma pequena parte do caminho. Portanto
o desafio mais difícil é o que está por vir.
Você será o responsável
pela a coreografia da comissão de frente da escola de samba Imperatriz
Leopoldinense para o ano de 2023. A equipe já foi escalada? Quais as
novidades que o público pode esperar dessa coreografia? O que você pode
adiantar?
R: O que posso adiantar é que o elenco já está
parcialmente formado, e que a dedicação, o empenho e a luta serão enormes, o
resto pertence ao futuro.
Como idealizador e diretor cultural como você
avalia a distribuição de verbas da lei rouanet e a forma como o governo atual
tem conduzido essa questão?
R: Não sou ligado a questões políticas, se fosse
me sentiria um em idiota completo, porque as últimas décadas votamos em
candidatos que foram ou ainda irão para a prisão.
- Não me iludo com o que não tem solução, o
problema institucional é maior do que podemos vislumbrar.
Como embaixador
Cultural do Rio de Janeiro, quais foram os maiores desafios enfrentados na
pandemia e, agora, com a retomada da vida normal? Quais foram e têm sido os
seus projetos enquanto Embaixador cultural?
R:
Embaixador Cultural é um reconhecimento oferecido pelo curso de turismo
da Faculdade CESGRANRIO, que enaltece personalidades que fazem a
diferença na sociedade carioca pelas suas atividades sejam elas profissionais
ou filantrópicas.
- No decorrer da pandemia me envolvi em
diversas ações sociais ligadas a instituições filantrópicas ou não, atuei
individualmente no cuidado daqueles que estavam mais próximo bem como amigos,
vizinhos, moradores de rua do bairro, em fim busquei fazer a minha parte como
cidadão comum sem buscar holofotes com isso. Procurei manter todos os
compromissos profissionais e de serviços já assumidos com terceiros, para não
abalar ainda mais a economia informal, e acho que isso foi o que mais me
gratificou pois pude ver o resultado dar certo a partir das ações que eu podia
fazer.
- A retomada é um alívio para uma situação que
por vezes parecia não ter mais fim.
Na sua avaliação, o que o levou a ser
considerado um dos mais destacados coreógrafos de comissão do carnaval carioca?
R: A busca verdadeira por uma identidade própria.
Qual ou quais os
seus principais conselhos para quem está iniciando na dança?
R: Aproveitar ao máximo o momento presente no
sentido de estar consciente, que o tempo desperdiçado vira passado no segundo
seguinte, e este não volta atrás. Não desperdice o tempo ele é um presente
único para você.
Como foi dirigir junto com a Ana Botafogo, a
apresentação ‘ST Tragédias’ na remontagem de Romeu e Julieta?
R: É sempre um prazer estar junto das
pessoas que admiramos e ainda mais trabalhar tornando cada momento uma
diversão.
Qual a sua avaliação acerca do preconceito
racial e de gênero no país?
R: Este é um problema intrínseco do ser humano em
qualquer lugar do planeta, diga-se de passagem, que estes são infinitamente
piores em diversos países, mas aqui ainda assim, é um assunto que tem muito a
ser debatido, muito a ser construído no sentido de gerar pontes de melhor
convivência com as diferenças e com a dificuldade de aceitação do outro.
- Questões estruturais do comportamento humano não se resolvem de um dia para o outro, se modificam educando e transformando as gerações futuras.
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entrevistado clique aqui ou
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