Por João Luciano: https://jluciano442.blogspot.com/
Mais do que falar das amarras físicas é falar das amarras psicológicas, as que ficaram na mente. Inclusive, a que inferioriza, amordaça, deprecia e nunca faz do negro protagonista, e portanto, bem colocado, mas sim refém de limites. Limites estes, que na minha concepção, está no céu. Ou seja, todos deveriam imaginar-se como grandes, vencedores e terem os mesmos direitos. Mas o negro no fundo não se vê como merecedor de tal conquista. Precisamos livrar nossa história da mancha da ilusão e trazer à baila o que de fato influencia. Abolição da escravatura é uma mazela histórica! O que falar acerca de uma data que teoricamente acabou com "escravidão"? Pois é, fica a reflexão, porque na verdade, a escravidão nunca acabou. Isso mesmo. O regime escravocrata só ganhou escopo social e arcabouço jurídico a fim de estabelecer regras de como disciplinar as rédeas de uma "ESCRAVIDÃO LEGAL". Complicado pensar e vê com profundidade a realidade.
O nome só muda de escravidão para legalização de práticas, que outrora eram feitas por meio de açoites e covardias, a luz do dia. Hoje as covardias são praticadas na calada da noite ou na madrugada por meio de senhores que estão resguardados com as vestimentas parlamentares que votam leis a favor de si próprios. Salvo exceções. Difícil entender como liberdade a jornada de trabalho intermitente que aumenta o trabalho e diminuí o salário da classe pobre, do discurso que diz proteger o menos favorecido do sofrimento como desculpa para tirar ainda mais desta classe tão sofrida. O que mais vejo nas favelas e palafitas deste mundão, são muitas pessoas morrendo como se fosse ladrão. Antes morria-se nos porões dos navios negreiros, das surras dadas pelos "SENHORES DE ENGENHO", hoje se morre de fome, indigência, descaso ou como queiram classificar... O que falar sobre isso? Se não bastasse, os negros por meio de suas tristes atitudes põem no cabresto outro negro - sem falar dos movimentos que são levianos em falar em altos brados de seus direitos e que na prática possuem as mãos sujas com a hipocrisia de não possuir , a vergonha na cara de que estão em muitos casos, sendo algozes de si mesmos, usando de uma pseudo justiça para punir os seus pares. No entanto, a discussão não tem fim, pois falar dar cor negra e branca em si só é um ato de discriminação, pois não somos e nem podemos ser identificados por cor como se fôssemos um pedaço de pano. Somos seres humanos e com tal dignidade que todos devem ou pelo menos deveriam ser tratados. No front das emergências por conta da COVID-19, muitos morreram e tantos outros estão morrendo e na hora de ser enterrado, nem direito a ser velado este tem tido Tempos difíceis, mas eis aí a mais absoluta verdade.
Desta feita, falar dos fatos como o são e fazer com que a humanidade reflita é mais do que abraçar um ideal ou defender uma bandeira, mas sim prestar um serviço de utilidade pública. Em tempos de pandemia, aguda crise econômica, política e social cabe a todos nós, cidadãos, buscar um ponto de equilíbrio para não perder a sanidade em meio a tanto radicalismo, intolerência, desamor, malcaratismo e hipocrisia.
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