Mr. Catra: Um ano sem o ídolo cravado na memória do Brasil


Mr. Catra: Um ano sem o ídolo cravado na memória do Brasil

A obra do “Rei do Funk”, falecido no dia 09 de setembro de 2018, segue resistindo ao tempo e vencendo as barreiras do preconceito. A partir deste mês, o artista será homenageado por seus filhos._

Há exato um ano, partia o “Rei do Funk”. Wagner Domingues Costa, cantor e compositor carioca popularizado com o nome artístico de Mr. Catra, morreu aos 49 anos, vítima de câncer no estomago. Os um milhão de seguidores que ainda permanecem em sua página na internet e a constante busca por suas obras, são uma evidência  de que o funkeiro permanece bem vivo na memória do público. O que não foge do esperado para uma artista que foi um dos mais importantes nomes na consolidação do funk carioca como um ritmo brasileiro que abrange morro e asfalto.
A carreira de Mr. Catra começou em 1980, surfando na onda do rock que dominava o Brasil naquela década. Passou pelo Hip hop, mas foi no funk que o cantor se fez ouvir, em meados dos anos 90. Sem medo do proibidão, o funkeiro, que eternizou hits como “Capô de fusca”, “Adultério”, “Ô simpático”, “O papai chegou” e “Vem todo Mundo”, chegava a fazer cinco shows por noite. Se tornando uma das principais referências para MCs que vieram no rastro do sucesso dele, que também cantava a realidade das favelas com consciência social. 
“Ele é o pai do funk. Ele não chegou na primeira geração, mas mudou a história do estilo musical.”, acrescenta Fernandinho, filho de Mr. Catra, que se juntará a outros três irmãos (Alandin, Kaliba e WL) para homenagear o pai com a turnê “Tributo ao Papai”. O quarteto chamado “Filhos de Catra”, se apresentarão por todo o Brasil a partir da segunda quinzena de setembro. Os show trarão os principais sucessos do funkeiro e contará com sua marcante voz em momentos chaves das apresentações, além de vídeos dele que serão sincronizados com as músicas. 
O principal objetivo do projeto, segundo seus filhos, é manter vivo o legado de Catra, que foi uma voz do morro que ecoou no mundo do funk, mas também além do mundo do funk, com passagens pelo rock, pelo rap e até pelo samba e pelo sertanejo. “Uma voz que se calou, mas que deu o recado enquanto conseguiu se fazer ouvir.”, pontua Alandin.
Fora dos palcos a vida do funkeiro também chamava muita atenção. Já que foi pai de 32 filhos e manteve relacionamento com três mulheres. A família, hoje administrada por Silvia Catra, que foi casada com o cantor por quase 25 anos, vem passando por alguma dificuldades. Mas encontra apoio em amigos de Mr. Catra como a cantora Anitta, que gravará um single ainda inédito do artista,em parceria com a rapper Cardi B e o produtor Papatinho, e doará todos os direitos para a família Catra. 
“Todo o meu respeito a Anitta! Ela poderia ter tomado outras atitudes e tinha várias opções… Mas foi além de simplesmente gravar uma música do Catra, estendendo também a sua mão a nossa família. Nós estamos muito felizes e muito gratos!”, afirmou Silvia, que também falou sobre a saudade que sente do seu marido: “Sendo muito sincera, para mim a ficha ainda não caiu. Ainda tenho aquela sensação de que ele vai chegar a qualquer momento. E tudo que faço hoje, faço pensando nele. Peço sempre para ele me direcionar no melhor caminho.”, conclui.

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