Entrevista com o cantor Rod Marenna
1. Saudações Rod, primeiramente gostaria de agradecer sua disponibilidade e gostaria que você falasse um pouco da sua carreira e como e porque você teve a ideia de lançar o Marenna e quais os diferenciais do projeto.
Olá a todos, agradeço pelo espaço, minha carreira iniciou em 1993 em Pelotas, extremo sul do RS, desde então participei de inúmeros projetos, bandas, estudei canto erudito por alguns anos, passei por um coral universitário, onde aprendi muito do que sei hoje referente a técnica vocal e canto, em 2004 me mudei para Caxias do Sul, serra gaúcha e aqui estabeleci novas conexões, vindo a participar de outros projetos e bandas, mas em 2013, percebi que era a hora de ter um trabalho 100% com as minhas características, passei 18 meses pesquisando mercado, fazendo contatos, e idealizando o que seria o Marenna, em meados de 2014, fechei algumas parcerias para que os passos fossem dados, entre elas, duas pessoas fundamentais, Jonas Godoy e Arthur Appel, formamos o núcleo de produção musical do projeto e a partir daí comecei a finalizar as primeiras composições, com a ideia concreta de um projeto solo, decidi trabalhar com letras mais maduras voltadas ao público adulto, com mensagens de superação e otimismo e participações especiais, investindo em divulgação do trabalho e por consequência, nos nomes envolvidos no projeto, o que acaba sendo um grande diferencial do projeto, e vendendo mais do que música, valor, algo que faça a diferença, e trabalhando sempre de forma colaborativa para que possamos ter mais expertise dentro do vocabulário musical e para que possamos também evidenciar estes talentos a mais pessoas. À partir daí, partimos para o primeiro lançamento em setembro de 2014, que foi muito positivo, e logo em seguida em novembro, Marenna foi um dos projetos selecionados pelo júri técnico do Sweden Rock Festival, dentre mais de 5.000 inscritos do mundo inteiro para a competição, que tinha como prêmio ser uma das bandas a tocar no evento, acabamos a final em #9 na etapa de votação popular, a partir disso, lançamos mais 2 singles e em seguida vieram os contratos para os álbuns com a gravadora Lions Pride Music na Europa e Japão, e por fim decidimos que era hora de ter uma banda oficial para as performances ao vivo, para assim levarmos a mensagem a mais pessoas e aqui estamos.
2. Quais são as suas principais influências como músico? E quais as referências para a sonoridade do Marenna.
Gosto e escuto muita coisa desde bandas dos anos 70 até a atualidade, estou sempre em busca de novidades, mas posso citar entre as minhas inúmeras referencias, David Coverdale, Glenn Hughes e Jon Bon Jovi, já o som do Marenna, bebe das referências sonoras das bandas de Hard Rock do início dos anos 90, mas com elementos atuais, buscando uma conexão forte entre o Melodic Rock e A.O.R.
3. Com dois álbuns de estúdio lançados respectivamente em 2015 e 2017 no exterior, você teve a ideia de lançar um terceiro álbum ao vivo, Livin’ No Regrets, fale um pouco sobre o processo de trabalho da banda neste álbum e como ele foi concebido e como vem sendo promovido?
Após termos os dois álbuns gravados e sendo promovidos, sentimos a necessidade de explorar isso ao vivo, aumentar nosso raio e chegar a mais pessoas, com a banda oficial formada, saímos promovendo alguns shows, sendo que destes, gravamos dois shows em Caxias do Sul, ao ouvir o material, achamos interessante a forma orgânica e visceral que estávamos soando ao vivo, pensei, por que não lançar um material digital e disponibilizar aos amigos, fãs e apoiadores? Ao conversar com os dois selos, acabamos fechando o lançamento internacional em formato físico com a Rock Company, que distribuiu para toda Europa e Japão (mesmo as falas entre as músicas serem em Português, eles curtiram a atmosfera do álbum) e com a Voice Music, que faz a distribuição no território nacional em grandes lojas do ramo, já a distribuição digital ficou pela Sony Music. Temos inúmeras resenhas positivas do álbum até o momento e continuamos ainda na divulgação, via plataformas, parceiros no Brasil e no Exterior.
4. Ainda esse ano, você lançou dois singles surpresa em formato acústico, como se deu este processo?
Sim, um desejo antigo, ter músicas em formato piano e voz, gosto de arriscar e trabalhar diferentes prismas, sendo assim, com a produção do Arthur Appel, produzimos duas versões para "Forever" e "So Different", esta que teve no piano, Ícaro Bastos, da banda Trigger, optamos por descontruir ao máximo as dinâmicas e linhas vocais, foi desafiador, mas gostei bastante do resultado final.
5. Como você vê o cenário atual do Rock no Brasil e no exterior, e no seu nicho, quais as maiores dificuldades que um músico independente enfrenta hoje?
Falando de bandas de Rock, no Brasil temos muitas bandas em diferentes estágios da carreira, porém ainda pouco espaço ou interesse real do público por novos artistas, principalmente quando se tange Heavy Metal e seus subgêneros, como é o som que fazemos, talvez uma herança cultural, talvez por não renovarmos o público, já no exterior, o mercado ainda funciona para grandes e médios festivais, embora se veja ainda muitas bandas do nosso estilo fazendo turnês menores, mas acredito que ainda assim, na Europa vemos a coisa acontecendo com uma velocidade maior, inclusive, é normal em alguns festivais, bandas de estilos diferentes num mesmo line-up, um fato pouco explorado aqui no Brasil, enfim, ficaríamos aqui tentando achar "culpados" ou motivos, mas eu prefiro, arregaçar as mangas, produzir, construir alianças e buscar oportunidades ou até mesmo cria-las, acho que os artistas em geral, tem que ter em mente, onde estão e onde querem chegar, e assim, construir a sua carreira de forma consistente lúcida, sem atalhos, meteoro que sobe muito rápido, tende a cair mais rápido ainda....
6. Quais cuidados você indica para quem está começando a carreira hoje e quer procurar se destacar no meio da multidão?
Falando em Rock, eu diria, Saiba quem é você, qual sua verdade, saiba para quem você vai entregar isso, e faça conexões reais, gere valor a sua mensagem, queira realmente fazer parte de alguma coisa, e não apenas diga... "Hey escute a minha banda".... acho que as pessoas se movem por identificação, acho que isso é um bom início.
7. O que podemos esperar do Marenna ainda este ano, e que mensagem você deixa aos nossos telespectadores?
Estamos ainda promovendo o álbum ao vivo, mas simultaneamente já estamos gravando novo material e fazendo novas parcerias, em breve vamos ter datas de lançamento, datas de shows, acompanhem as nossas redes e assinem nosso mailing através do site, (www.marennaonline.com) vamos ter ações diretas aos fãs cadastrados, nos vemos na estrada!
J. Cristovan
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